Sem paredes

Multinacional holandesa com unidade no edifício Vernier, do Office, tem a arquitetura alinhada com a forma de trabalho e mostra seu conceito open space

Amplitude é a melhor definição para o conceito open space, uma tendência arquitetônica que veio para ficar. Nada mais é que uma forma de deixar um projeto, residencial ou corporativo, muito mais interligado, sem a utilização de paredes para dividir os espaços. Neste conceito, para os ambientes de trabalho – que pedem notória habilidade de convívio social – não existe segmentação corporativa, todos trabalham juntos! É um tipo de projeto que incentiva o compartilhamento de informações entre os funcionários. Para quem visita a sede da De Heus, em Campinas, multinacional holandesa e uma das maiores fornecedoras de nutrição animal do mundo, é certo que a empresa propõe um ambiente atraente para seus funcionários com a atmosfera de um espaço corporativo confortável e bastante prático. Há dois anos no Swiss Park Office, a unidade está alinhada com as visões e as concepções mais atuais de arquitetura funcional, que buscam priorizar o bem-estar dos colaboradores, a integração ágil do trabalho, o estímulo à circulação de informações e a transparência dos relacionamentos e dos procedimentos. Uma concepção de organização denominada na empresa, por “working @ De Heus”.

O projeto arquitetônico elaborado pela INBO, da Holanda, é baseado em blocos de edifícios que, utilizando as cores, delimitam cada espaço como copa, salas de reuniões e outros ambientes.

Diferentes espaços notavelmente conectados. A arquiteta campineira Marina Pol foi a responsável por conduzir o projeto no Brasil. “Uma das prioridades era traduzir na arquitetura a integração com o Brasil. Para isso, desenvolvemos e implementamos as ideias e as diretrizes vindas da matriz holandesa de forma a adequá-las à realidade brasileira. Um dos destaques é a inspiração da coleção de arte da família De Heus que desempenha um papel especial na unidade de Campinas em que a homenagem aos pintores renomados do Brasil e da Holanda está presente nas salas de reuniões”, explica a profissional. Outro destaque é o paisagismo. Segundo a arquiteta, o verde foi utilizado para “abrasileirar” o ambiente. “As plantas possuem um sistema alemão que utiliza uma técnica inovadora: elas são criadas na água e são autoirrigável. Sem movimentação de terra e sem sujeira para a instalação. Perfeitas para escritórios”, explica Marina.

Soluções para preservar a privacidade

Apesar do conceito aberto, as salas de reuniões, mesmo visíveis, já que são separadas por vidros, possuem divisórias acústicas que permitem a privacidade do que é conversado dentro delas. Outro ponto que chama a atenção são as cabines telefônicas para conversas confidenciais e particulares.

Lajes aparentes

O ambiente tem uma boa acústica devido aos forros que ajudam no isolamento do som. Há uma iluminação diferenciada que delimita as áreas de trabalho, de circulação e de convívio. Assim como o carpete holandês de seis cores, que carrega a identidade visual da marca da empresa. Mas o que chama muito atenção são as lajes, em sua maioria aparentes, trazendo um ar industrial ao escritório.

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